domingo, 28 de novembro de 2010

RG artístico.

Nunca quis ter uma assinatura comum, mas também não passei horas a fio elaborando a mesma. No início, eu assinava somente com as siglas do meu nome (ARS), mas ainda me faltava alguma coisa. Então, após alguns riscos sem muita pretensão, acabei cedendo a círculos e setas que foram se aprimorando com o passar do tempo. A minha assinatura nunca segue um padrão, mas isso não é intencional! E sim! Porque eu, nunca me lembro da seqüência correta que a uútima foi feita, mas essa eterna mudança se baseia sempre na forma inicial da idéia que remete muito aos Groups Circles.
O pictograma foi a forma que encontrei de intrigar e induzir a rápida assimilação entre minha pessoa e o meu trabalho.
Tenho para mim que essas linhas paralelas, circulares e cruzadas ao mesmo tempo com suas setas e pontos tem haver com cotidiano comum a todos. Com seus caminhos incertos e cheios de dúvidas, encontros e desencontros...

sábado, 13 de novembro de 2010

Do que é feito o Samba?


A ideia era simples. Fazer samba, num lugar aconchegante. Transformar um ambiente formal em um lugar descontraído, com cara de boteco. A partir daí, Arisson Sena esboçou a arte do cartaz que, ganharam as ruas de Conquista e as páginas da internet, recebendo muitos elogios.
 
A cantora Lys Alexandrina, confiou ao artista plástico a cenografia do show Do que é feito o Samba? E o resultado foi surpreendente. Um ambiente agradável, super criativo e despojado. O artista pensou nos mínimo detalhes e levou para o palco exatamente aquilo que a cantora queria: simplicidade. Além de fazer uma cenografia que casasse perfeitamente com a musicalidade. Quem foi, pôde conferir de perto e ter certeza que o projeto levou aquilo que se propôs fazer desde o início. Levar um bom samba. Cheio de cores e tons.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Arisson por ele mesmo.

Caí na terra em 1980, na cidade de Vitória da Conquista, Bahia. Na minha infância minha mãe percebeu o meu lado artístico e me deu muito apoio, lápis de desenho e criatividade, o que me influenciou completamente na busca por cores, desenhos e formas. Meu pai que também era desenhista passou pro outro lado quando eu só falava papai, daí então fui criado somente por minha mãe.
Na minha “aborrecencia” fui passar um tempo com meu avô e minha avó, foi aí que eu tive contato com o trabalho de meu avô que é marceneiro e também “o cara” no reaproveitamento de materiais, foi assim que sem saber eu aprendi através dele, que minha arte poderia ser feita de forma totalmente inteligente e barata se fosse baseada no aproveitamento do “lixo”.
Hoje eu transformo tudo isso que cato em arte, (é o que eu acho, rs).
Pelo fato de não ter sido muito favorecido com essa grana toda para adquirir meus materiais, passei a parar e pensar muito ao começar a fazer algum trabalho. Para, a partir daí, ir à rua ou à minha oficina e ver em todo meu estoque de matérias descartados o que melhor se encaixa com a minha ideia.
Como toda esta matéria geralmente vem da rua e poucas vezes se repete, uso isso geralmente a meu favor na criação de peças exclusivas.
Trabalhei no seminário da cidade, por algum tempo, aos meus dezesseis anos, aproximadamente. Lá as imagens que eram vendidas no bazar da paróquia eram feitas no próprio Seminário. No início desse trabalho comecei como pintor de imagens, depois percebi que alguns dos funcionários de lá restauravam peças sacras que vinham de algumas cidades vizinhas, e então, algum tempo depois eu comecei a restaurar e estudar o ofício. Hoje estou entre os poucos restauradores que atuam na cidade de Vitória da Conquista e cidades circuvizinhas.
E como se não bastasse me meti também no teatro, atuando algumas vezes em peças e performances. Gostei muito da arte de encenar e suas vertentes. Como por exemplo, a cenografia, que hoje é mais um dos ofícios pertencentes a meu currículo artístico. Tive descobertas que por sinal foram muito boas, em relação à exposição de meus trabalhos que foram feitos para atiçar a curiosidade de cada indivíduo, tanto na sua temática, como o material usado na sua concepção. E tudo isso foi originando muitos elogios e críticas que são sempre bem vindas (tá bom, nem tanto...rs) mas construtivas, mesmo que não tenham essa intenção.

domingo, 11 de julho de 2010

Controle Remoto: uma crítica à tv.

Busca questionar como se dá a nossa relação com a televisão e sua forma de se comunicar.
Escrita por Denise Santos, a performance teatral se baseia no diálogo entre os atores, Arisson Sena e Rodrigo Freire, o qual questionam a relação entre a influência dos meios de comunicação com a produção do bens simbólicos culturais, através de elementos da vida contemporânea, como as novas mídias da informação e comunicação (celular, computador, projeções etc).

A peça já foi apresentada numa versão anterior pela autora, juntamente com Sophia Midian. A peça agora, ganha uma nova roupagem através de projeções de imagens e vídeos do vj George Neri,  buscando a todo momento interagir entre os atores e o público.
Dessa forma, o diálogo será permanente entre a linguagem multimídia, as falas e a memória do público, provocando as individualidades e a proximidade das pessoas com o meio televisivo.
 Confira mais fotos aqui.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Pneumática.

Atualmente o artista plástico Arisson Sena vem aumentando a proporção das suas esculturas e com isto agregando a elas o conceito do reaproveitamento de materiais reciclados. Neste trabalho o artista traz o pneu como material base. Visto que depois do uso total de sua função que é de aproximadamente 02%, o “resto do dito pneu” não tem mais nenhuma utilidade, então geralmente estes são descartados em todos os lugares possíveis, mas sempre fora da nossa vista, pra não incomodar.
A escultura Pneumática surgiu pela necessidade do artista em reorganizar o espaço e dar uso ao monta-te de pneu acumulado. Vendo isso Pneumática foi idealizada. Dai então surgiu à anatomia que melhor se encaixou com a idéia que tem como principio respeitar a forma do pneu ao máximo e passar a imagem de resistência devastadora que ele tem.  
 
Pneumática foi pensada e criada para ser esse monstro disforme que representa o lixo, na concepção do artista. Este imagina uma mutação futura de tudo que tem e vem se acumulando no planeta. A forma da escultura tem como intuito aguçar a percepção de quem tem contato, forçando o mesmo a se indagar quanto ao descarte dos seus refugos pessoais. O duplo sentido que o nome possui esta relacionado tanto ao material usado quanto ao fôlego, ar, sopro,vida ...
Para vizualizar outros trabalhos, clique aqui

terça-feira, 13 de abril de 2010

Interferência Urbana.


O concreto da cidade abre espaço pra uma forma de expressão artística que leva um pouco de arte às ruas.

 Através de intervenções urbanas o artista vem mostrar a contemporaneidade de suas obras transformando lugares que passam despercebidos pelas pessoas, oferecendo uma melhor distribuição artística e valorizando a riqueza estética da cidade, elevando, assim, a qualidade de vida da população, acrescentando um pouco de cor e alegria que se fundem com o corre-corre do cotidiano.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Qualé?!

O artista plástico foi premiado pelo FUNCEB, através do projeto "Portas Abertas para as Artes Visuais", com a mostra Qualé?!
Foi executada a partir de uma nova técnica criada pelo artista que consiste em giz de cera aquecido
São pintados com essa técnica, placas feitas de caixa de papelão, sobrepostas, coladas e pintadas. Após o acabamento, os trabalhos recebem suporte em madeira.
O artista mistura estilos como o dos quadrinhos e transforma em trabalho de linguagem do Pop Art tanto em criação, como montagem.
Para visualizar mais fotos, clique aqui.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Meus Debuxos

Geralmente antes de executar uma obra, o artista faz um esboço do que vai ser feito. Com o passar do tempo, acaba-se juntando muito material e uma grande parte fica esquecida.

Meus debuxos foi pensada como forma de resgate destes rabiscos advindos do arquivo pessoal do artista, desenhos aleatórios, antigos esboços de peças como esculturas e desenhos automáticos, aqueles que vão saindo apenas do contato do lápis com o papel, idéias que vão sendo transpostas apenas com intuito de registrá-las. 
Estes desenhos são transpostos em papel paraná, o artista ainda usa um dos materiais mais antigos na arte de desenhar, a grafite, unido com o giz branco, carvão e nanquim, construindo formas através do contraste entre luz, sombra e meio-tons, conciliando uma versatilidade expressiva com um refinado detalhamento tornal, expressando situações de realidades diversas, desenhos que surgiram apenas com o movimento livre da mão do artista.
Para ver mais fotos, clique aqui

Título da série : Meus Debuxos
Grafite, carvão, giz branco e nanquim sobre papel paraná;
80 x 100 cm

quarta-feira, 10 de março de 2010

Arte do Lixo


Lixo com arte. É assim que o artista plástico Arisson Sena (re) cria suas obras.
Ao notar o grande acúmulo de sacolas plásticas em sua residência, resolveu usá-las de forma muito criativa, transformando-as em esculturas, telas, móveis, pinturas... E engana-se quem pensa em algo intimista. Arisson Sena destaca-se entre os artistas da cidade de Vitória da Conquista, com sua originalidade, sensibilidade e criatividade, muito bem refletida em suas obras. É na sua galeria improvisada, que suas obras estão expostas e são produzidas, de modo inusitado, a partir de refugos provenientes tanto de construções, como de borracharias e do material coletado em sua própria residência. Ferro, sacolas, papelão, pneu e câmaras de ar são os materiais utilizados para o desenvolvimento das mais diversas obras do artista. Tudo isso é fruto de pesquisa e experimentação no processo criativo em seu ateliê. Uma forma que o artista encontrou de mostrar como, indiretamente, prejudicamos o mundo em que vivemos.